segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Chega

Era uma vez...
Uma menininha muito boazinha que foi criada para respeitar e agradar a todos, sempre bem comportada a pequena vivia se policiando para não cometer erros e magoar as pessoas ao seu redor.
Em festinhas da escolinha onde estudava a pequena menininha sempre era a santinha, aquela figura imaculada e incapaz de cometer falhas... A menininha cresceu e dentro dela cresceu também o receio de errar, de cometer algo que fosse de encontro com tudo aquilo que havia aprendido. Ela se cobrava perfeição em tudo que fazia, não se permitia errar e se isso acontecesse não conseguia se perdoar! Isso lhe provocava uma dor tamanha!
Hoje a menininha já não é mais pequenina, é uma mulher que continua temendo ir de encontro aos seus princípios, sua criação, seus valores... Acontece que os erros são inevitáveis!
Ela descobriu que pode errar sim, como todas as pessoas comuns até porque ela é uma pessoa comum! E que precisa aprender a se permitir errar, falhar, viver...
Se permitir é agora a palavra chave para iniciar uma nova jornada em sua vida, buscando errar o mínimo e se perdoar ao máximo!
A mulher de hoje entende que a pequena "santinha"de ontem era apenas um personagem e que toda aquela fantasia ficou para trás.
Então, chega de sofrer porque errou, porque algo não deu certo, chega de preocupar-se com o que alguns hipócritas pensam, danem-se!... Chega de ser santa!!!

domingo, 6 de setembro de 2009

Coração de Pedra

Descobri como um coração se transforma em coração de pedra!!!
Todos nascem normais, com suas funções e características, no entanto alguns enrijecem ao passar do tempo. Como isso ocorre? Todo um processo...
Começa com as lágrimas, sentimos vontade de chorar mas, as lágrimas não saem, pensamos então que já choramos todas as lágrimas que tínhamos, a vontade de chorar aperta o peito, agita a mente, causa um tremendo desconforto!
O que não percebemos é que elas existem sim, e estão alí se manisfestando internamente, tomaram outro rumo, o do coração...
As lágrimas que não saem ficam presas no peito, se acumulam e formam uma barreira forte envolvendo o coração, como se fosse uma muralha mesmo!
No entanto o coração continua funcionando normalmente sentido as dores e tristezas que lhes são proporcionados a cada decepção, a cada imposição... E, neste momento a barreira de lágrimas se torna ainda mais rígida.
O corpo todo sofre, isso dói.